segunda-feira, 10 de agosto de 2009
O que é política? é o título de um livro contendo a idéia de política da pensadora e filosofa alemã Hannah Arendt. Na verdade são fragmentos de sua obra publicados postumamente. Hannah Arendt é considerada uma das maiores pensadoras desde século e seu trabalho sobre as Origens do Totalitarismo é considerado uma obra clássica e definitiva sobre o assunto. Além disso, é uma das maiores autoridades em relação ao estudo da política na Grécia e Roma antiga. Por isso, recomendamos a leitura desta autora. Alertamos que Hannah Arendt não é uma leitura fácil, mas é imprescindível para entendermos melhor o assunto.Apesar da política ter historicamente sido considerada uma profissão honrada, muitas pessoas hoje, mesmo empaíses democráticos, têm uma opinião negativa a respeito dos políticos como classe. Eles são vistos, às vezes, como pessoas inescrupulosas, cujas promessas não são verdadeiras. Também são, ocasionalmente, acusados de desvios de verba para o seu próprio interesse e não para o interesse do povo. De fato, casos de corrupção políticanão são raros.Segundo a autora Hannah Arendt, filósofa alemã (1906-1975), política "trata-se da convivência entre diferentes", pois a política "baseia-se na pluralidade dos homens", assim se a pluralidade implica na coexistência de diferenças, a igualdade a ser alcançada através desse exercício de interesses, quase sempre conflitantes, é a liberdade e não a justiça, pois a liberdade distingue "o convívio dos homens na pólis de todas as outras formas de convívio humano bem conhecidas pelos gregos".
sábado, 25 de julho de 2009
Política
A palavra política denomina arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa); ciência política. Nos regimes democrático, chama-se assim a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância. A palavra tem origem nos tempos em que os gregos estavam organizados em cidades-estado chamadas "polis", nome do qual se derivaram palavras como "politiké" (política em geral) e "politikós" (dos cidadãos, pertencente aos cidadãos), que estenderam-se ao latim "politicus" e chegaram às línguas européias modernas através do francês "politique" que, em 1265 já era definida nesse idioma como "ciência do governo dos Estados
Utilizando o conceito grego de política é que Arendt nos diz que "A política baseia-se no fato da pluralidade dos homens", portanto, ela deve organizar e regular o convívio dos diferentes e não dos iguais. Para os antigos gregos não havia distinção entre política e liberdade e as duas estavam associadas à capacidade do homem de agir, de agir em público que era o local original do político. O homem moderno não consegue pensar desta maneira pelas desilusões em relação ao político profissional e a atuação desse no poder. Porém, Arendt, judia, que viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial, acreditava na ação do homem e na sua capacidade de "fazer o improvável e o incalculável".
“O homem é um animal político”
Aristóteles
sexta-feira, 17 de julho de 2009
A violência existe e precisa ser combatida!
A violência, ao contrário do que deveria ser, tem aumentado a cada dia que passa. Hoje sabemos que o Brasil recebeu o título de um dos países mais violentos do mundo. A situação está cada vez mais agravante, o país vem apresentando altos índices de violência e nada tem sido feito para amenizar tal ocorrência.
Atualmente temos presenciado em nosso meio, grandes atos de violência; seja ela urbana, psicológica, verbal, física, intencional ou não. Infelizmente, temos convivido com esta situação e é repugnante saber que não vivemos mais numa sociedade justa, pois há tantas pequenas razões que, hoje, podem custar a vida de alguém.
A violência tem feito presença no nosso cotidiano até mesmo em motivos insignificantes. Não é preciso ir ás ruas para presenciarmos tal situação. Basta ligarmos a televisão e confirmar estes fatos: pais matando seus filhos, filhos matando seus pais, pessoas se matando por dinheiro (...). Esta é a realidade que temos vivido.
Infelizmente, o governo tem usado ferramentas erradas e conceitos errados na hora de entender o que é causa e o que é conseqüência. A violência que mata e que destrói está muito mais para sintoma social do que doença social. Aliás, são várias as doenças sociais que produzem violência como um tipo de sintoma. Portanto, não adianta super-armar a segurança pública, lhes entregando armas de guerra para repressão policial se a “doença” causadora não for identificada e combatida.
Há tempos a sociedade brasileira precisa se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo. É verdade que algumas vezes as violências recaem sob pessoas erradas, (pessoas inocentes que não cometeram as ações que estimularam a violência). No entanto, as ações erradas existiram e alguém as cometeu, caso contrário não haveria violência. Enfim, ela existe e precisa ser combatida.
TEXTO BASE:
A Violência no Brasil
O Brasil é considerado um dos países mais violentos do mundo. O índice de assaltos, seqüestros, extermínios, violência doméstica e contra a mulher é muito alto e contribui para tal consideração. Suas causas são sempre as mesmas: miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança. A repressão usada pela polícia para combater a violência gera conflitos e insegurança na população que nutrida pela corrupção das autoridades não sabe em quem confiar e decide se defender a próprio punho, perdendo seu referencial de segurança e sua expectativa de vida. O governo, por sua vez, concentra o poder nas mãos de poucos, deixando de lado as instituições que representam o povo. A estrutura governamental torna a violência necessária, em alguns aspectos, para a manutenção da desigualdade social. Não se sabe ao certo onde a violência se concentra, pois se são presos sofrem torturas, maus tratos, descasos, perseguições e opressões fazendo que tenham dentro de si um desejo maior e exagerado de vingança. Se a violência se concentra fora dos presídios, é necessário que haja um planejamento de forma que se utilize uma equipe específica que não é regida pela força, autoridade exagerada e violenta. Medidas precisam ser tomadas para diminuir tais fatos, mas é preciso que se atente para a estrutura que vem sendo montada para decidir o futuro das cidades brasileiras. Não é necessário um cenário de guerra com armas pesadas no centro das cidades, mas de pessoal capacitado para combater a violência e os seus causadores. Um importante passo seria cortar a liberdade excessiva que hoje rege o país, aplicar punições mais severas aos que infringirem as regras e diminuir a exploração econômica. Por Gabriela Cabral Equipe Brasil Escola
segunda-feira, 13 de julho de 2009
A ética é uma ciência comprometida com a busca aprofundada das relações entre o homem e os conceitos de bem e de mal. Trata-se de uma ciência da qual não podemos nos esquivar pois o bem e o mal, o certo e o errado, impregnam nossa conduta prática. Embora a grande maioria não pense no assunto, o comportamento humano é uma contínua resposta às questões éticas. É nesse ponto que nasce a diferença entre ética e moral.
A palavra Moral: do latim, mores, contumes, conduta, comportamento, modo de agir etc. Liberdade, do latim, libertas, livre. No sentido moral, liberdade é a condição de um ser imune de qualquer coração que o impeça de atender, através de seus atos, à realização cada vez mais perfeita de sua natureza.
Bem, do latim, bonus, bene. Este termo conota a idéia de felicidade, daquilo que é bom, não apenas em si, mas é bom para mim, bom para nós. Não possuído, é objeto das aspirações e dos desejos, e que, por outro lado, possuído, engendra a satisfação independentemente de qualquer obrigação moral. A liberdade se expressa por uma cadeia de atos livres. Ela se concretiza na constância de seus atos livres, isto é, tornar-se livre na totalidade do ser. Neste sentido, o homem deverá garantir a sustentação de seus atos livres para que possa garantir a sustentação de sua liberdade. Ora, dando garantia a seus atos livres está dando continuidade a estes atos, consequentemente solidificando sua liberdade. Por outro lado, dando um exemplo de como isso poderia ser interrompido, podemos citar os vícios que, por sua vez, quebram a seqüência de liberdade do homem, e este passa a agir por uma necessidade, não mais livre, mas condicionado ao vício. É neste ponto que vem a dimensão moral. A moral se justifica neste sentido como instrumento necessário à construção do estado de liberdade. Dentro dessa dimensão moral, a liberdade tem como suporte, o "insight" dos princípios de comportamentos livres. A atitude moral é fator determinante no homem com desejo de ser livre. O agir moral, dá ao homem uma garantia de liberdade. Analisando o homem na sua dimensão racional, podemos mencionar suas faculdades em face de ele mesmo poder distinguir fatores determinantes dos atos humanos livres e ou de não livres. Nisto, vemos seu poder natural em diferenciar o que é bem e o que é mal, a noção de justiça e de injustiça, a noção de dever e de responsabilidade. É justamente nesta dimensão que se encontra no homem o que chamamos de consciência moral. A consciência moral é o ponto mais sublime e sagrado do homem.
